29 de julho de 2017

CASA DO RIO, DOURO


Este ano, no início de Abril, fui passar um fim de semana com amigos na Casa do Rio, no Douro. O espaço pertence à Quinta do Vallado, e fica na Quinta do Orgal, em Castelo Melhor, a 13 quilómetros de Vila Nova de Foz Côa. É um sítio fantástico, muito bem integrado na paisagem, com apenas 6 quartos no edifício principal e 2 suites, e todos têm uma vista deslumbrante sobre o rio.




Fiquei numa das suites - duas pequenas casas independentes - que não só tem imenso espaço, como uma decoração simples, confortável e bonita.





Como éramos 16, ocupámos todo o hotel e parecia que estávamos em casa! Comeu-se bem, bebeu-se ainda melhor e divertimo-nos muito! Aproveitámos para passear pelas vinhas, descansar na sala/varanda do hotel e fizemos uma volta de barco pelo Douro!







Dicas práticas

Recomendo fazer o caminho de acesso à Casa ainda de dia, pois é estreito, tem 2 sentidos e muitas curvas. Demora uns 10 minutos de carro, mas depois chega-se ao paraíso!

O acesso ao Wifi e à rede GSM nem sempre funciona por causa da localização do hotel.

O espaço tem 2 cães muito simpáticos, calmos, mas grandes. Eu adoro, mas para quem tem medo fica o aviso.

Crianças com menos de 12 anos só são aceites se for feita a reserva de todo o alojamento.



Onde comer:

Casa do Rio – jantar com prova de vinhos. Nós já tínhamos os jantares combinados com o hotel, mas é realmente mais fácil não ter que fazer a estrada de acesso à casa à noite.




Restaurante Cantiflas – em São João da Pesqueira. O espaço é incaracterístico, o típico café de aldeia, mas a posta mirandesa é ótima. Para almoçar.



Petiscaria Preguiça – fica em Mós do Douro, Vila Nova de Foz Côa, é bastante simples, comida caseira, mas tem uma vista espetacular sobre o rio.




Onde ir:

O hotel tem um pouco de tudo, barco para passear no rio, pranchas de stand-up paddel, bicicletas, programa de pesca desportiva, cestas de pic-nic, uma piscina fantástica, e paz e sossego! Na próxima semana vai ficar ainda mais completo, inaugura o Spa, com massagens, jacuzzi e banho turco.


Mas se fizer mesmo questão de sair, bem perto tem o Parque Arqueológico do Vale do Côa com as famosas pinturas rupestres, e o Museu da Fundação do Côa







SHARE:

26 de julho de 2017

FIM DE SEMANA EM LONDRES


Este post é dedicado a quem já conhece bem Londres e os circuitos mais turísticos, e quer umas dicas para um fim de semana sem filhos e “em bom”!

No final de Maio, com o objetivo de ver a exposição de David Hockney na Tate Britain, fiz uma escapada de dois dias, sábado e domingo, a Londres. As previsões meteorológicas não eram brilhantes, mas afinal tivemos imensa sorte e o tempo esteve ótimo.

Resolvemos ficar num hotel que ainda não conhecíamos e encontrei nas minhas pesquisas. Chama-se The London Edition e é o máximo!!! É muito bonito, está bem localizado – walking distance do Soho, de Regent Street, de Oxford Street, do British Museum, etc – o ambiente é fantástico, os quartos muito bons, modernos e espaçosos, e o restaurante é lindo de morrer!

The London Edition

Hall

No sábado chegámos cedo, demos umas voltas pelo Soho, almoçámos no Jamie’s Italian de Convent Garden, que é simpático, e depois fomos para a Tate Britain




Ainda deu tempo para passear pelas Burlington Arcades, Bond Street e Savile Row.





Tínhamos feito reserva para jantar no Barbecoa Piccadilly, mas gostámos tanto do restaurante do hotel que alterámos a marcação. No Berners Tavern dá para jantar tarde, por isso fomos às 22h e estava cheio de gente. A comida é boa, o serviço mais ou menos…os empregados são simpáticos mas distraídos. Mas vale muito a pena pelo ambiente e pelo espaço, que é maravilhoso.



No domingo fizemos um brunch no hotel e como só tínhamos voo no final do dia fomos até Shoreditch. Esta zona é uma surpresa muito agradável, com um ambiente descontraído, meio hippie. Aos domingos há o Brick Lane Market, uma enorme “feira da ladra”, onde se pode encontrar um pouco de tudo, desde livros antigos a roupa vintage, pequenas bandas de rua, grafitis de todos os tamanhos, e um incrível mercado de street food. Descobrimos uma livraria muito simpática em Brick Lane, bebemos um café num black cab, bisbilhotámos as roupas, vimos imensas pinturas murais fabulosas e fomos andando pelas ruas cheias de gente.



 






Resolvemos ir comer qualquer coisa dentro do SpiltalfieldsMarket, num dos bares, o Vagabond. É um wine bar com um conceito giro. Dão-nos um cartão com o dinheiro que quisermos lá pôr, e depois usamo-lo para provar alguns dos imensos vinhos de todo o mundo e escolher com qual queremos encher o copo.





Passeamos mais um bocado pela zona e depois era tempo de voltar a casa. Foram só dois dias, mas muito bem aproveitados!

Dicas práticas:

A forma mais rápida de ir do aeroporto de Heathrow até o centro de Londres é apanhar o Heathrow Express, que demora 15 min até Paddington e custa 37 libras, ida e volta. O metro é bastante mais barato mas demora 1h! Se tiver muitas malas, ou forem mais que duas pessoas, é melhor optar pelo táxi ou Uber.

Onde ficar:

Depois dos elogios todos que fiz acima, só posso aconselhar The London Edition! Fica a 400 metros de Oxford Circus, no número 10 da Berners Street. Maravilhoso!





Onde comer:

Berners Tavern – restaurante do hotel, lindo!



Balthazar – filial do restaurante com o mesmo nome em Nova Iorque, na Russel Street, perto de Convent Garden. Ótimos bifes e ambiente descontraído.



Jamie’s Italian – Há vários, são do chefe Jamie Oliver e são bons para almoço rápido, despretensioso e com comida simples, pizzas, saladas, hamburguers, pasta…



Spitalfields Market – há vários espaços, mais bares que restaurantes, incluindo um português, a Taberna do Mercado. No wine bar Vagabond, onde fui, comem-se umas tábuas de queijos e de carnes frias e enchidos, para acompanhar os vinhos.




Onde ir:

Londres é um mundo, é impossível enumerar tudo o que se pode fazer, tem que se ir fazendo...

Como este post é dirigido a quem já fez o óbvio, sugiro passear por Shoreditch, Peckam, Camden Town,  Primrose Hill, Hampstead Heath. Ou apenas aproveitar os dias a vaguear pelas ruas, descobrir recantos e lojas, comer onde apetecer e desfrutar a cidade.













SHARE:

22 de julho de 2017

MARRAKECH



Fui pela 1ª vez a Marrakech este ano, em Abril. As minhas expectativas não eram muito altas, tenho amigos que amaram, outros que odiaram… Estava preparada para quase tudo, mas não para o que me aconteceu: apaixonei-me por Marrakech!

O voo direto da TAP desde Lisboa leva-nos a um mundo exótico e diferente em 1h40m. E a mala pode ser de cabine, basta umas roupas bem frescas. O pior é depois trazer tudo o que comprámos…

Fui 4 dias na páscoa, com a família e amigos, e é suficiente se se ficar só em Marrakech. Para ir a outras cidades e ao deserto têm que ser mais dias.

Sobre o alojamento não vos posso dar muitas dicas porque ficámos numa casa fantástica duns amigos, na Palmeraie. Mas já me fartei de pesquisar e pedir conselhos para a próxima vez que for, que espero seja em breve.

Então,  o que fascinou em Marrakech? Perder-se nos souks é uma experiência única e obrigatória. Regatear com os vendedores faz parte, eles levam a mal se não negociarmos e aceitarmos logo o 1º preço, e eu descobri um talento em mim que desconhecia. Se formos educados, eles são muito simpáticos e basta um “non, merci” firme, para nos deixarem em paz. A gastronomia é variada, com imensos legumes, e mesmo eu, que sou esquisitinha e não gosto de borrego nem de picantes fortes, comi coisas óptimas. Surpreendeu-me a limpeza, vi sempre pessoas de vassoura na mão a varrer as praças e ruas. Claro que no meio dos souks não é bem assim… Só estando lá se consegue perceber o fascínio, as cores, os cheiros…aconselho muito uma visita!



Dicas práticas

Onde ficar:

Na Medina – para quem gosta de estar próximo da “confusão”, dos bares e restaurantes…
Aí têm hotéis, como o tradicional La Mamounia, o recente e caro Royal Mansour e o Les Jardins de la Koutoubia. Também há Riads fantásticos, o Riad Sable Chaud ou o Les Jardins de la Médina.

Na Palmeraie – se a ideia for descansar e só ir para a Medina passear e jantar, quando apetecer. Eu fiquei aqui, adorei, mas envolve sempre gastar mais dinheiro em transporte. Nós tínhamos uma van alugada todos os dias, mas não ficou barato… Nesta zona aconselho o Dar Ayniwen e Les DeuxTours.



Onde comer:

Le Jardin – fomos jantar cedo, ainda com alguma luz, e gostei da decoração e do jardim, onde estava a nossa mesa. Comi uma Chicken Tagine, muito boa, os outros pratos na nossa mesa também eram todos bons (tagines variadas, salada marroquina, chicken brochette, lamb couscous).


Nomad – aconselho muito, comida simples mas boa (tagines, saladas, couscous, grelhados…) e o sítio é fantástico. São vários andares com mesas fora e dentro, com vista sobre os telhados da cidade e a praça. Ficámos cá fora a almoçar, felizmente à sombra ( eles dão chapéus a quem precisar). Também deve ser muito giro, e menos quente,  ir jantar e beber um copo ao pôr do sol.


Dar Yacout – para jantar, comida típica num sítio muito bonito. Não é barato…



Comptoir Darna – restaurante, bar e dança do ventre num ambiente muito divertido.
Em todos estes sítios convém fazer reserva.




Onde não comer:

La Mamounia – restaurante marroquino. O hotel é líndissimo, os jardins fantásticos, mas não vão lá jantar. O serviço do restaurante é muito mau, a comida ok mas cara. Está feito!

La Famille – espaço muito giro, comida boa, mas fazem racionamento de pratos por mesa… Nós eramos 9, com reserva antecipada para o almoço, e quando pedimos disseram que só havia 4 saladas, 3 pratos de massa, e duas pizzetas. Estranhamos - era cedo, 13h - já se ter acabado quase tudo da ementa, mas conformámo-nos e partilhamos o que veio. Então vão chegando mais pessoas e para as outras mesas já havia outra vez os mesmos pratos. Quando chega a altura de pedir a sobremesa a empregada diz “para a vossa mesa só tenho 3 fondants de chocolate”. Reclamámos com a gerente, francesa, que nos disse que podiam ser 4, vá…acrescentando que era essa a política do restaurante, quem não gosta não vai! Pronto, está decidido, não volto lá! E claro que não comemos sobremesas…

Notas: alguns restaurantes não servem álcool, nem uma cervejinha!

Onde ir:

Jardin Majorelle – visita típica e incontornável. Há sempre filas para comprar o bilhete de entrada, mas andam rápido. Excepto se for com guia local, aí entra-se diretamente e o guia fica na fila a comprar as entradas.



Le Jardin Secret – ainda não tem muitas pessoas a visitar, só abriu ao público em 2016, mas vale a visita.



Palácio Bahía – é do final do séc XIX e actualmente pertence ao governo marroquino. Bem conservado, e muito bom para tirar fotografias.



Mesquita Koutoubia – a principal mesquita de Marrakech, só é permitida a entrada a muçulmanos.


Praça Jemaa El Fna – o centro de tudo, vendedores, músicos, macacos, cobras “amestradas” (dizem eles), bancas de comida, dançarinos, sumo de laranja… Jantar na Praça Jemaa El Fna é toda uma experiência (eu não o fiz, mas conheço pessoas que jantaram e ainda estão vivas. E recomendam!).



Souks – um verdadeiro labirinto, com todo o tipo de comércio, distribuído por zonas. Se me perguntarem em que ruas estive, não sei, fui andando ao sabor do vento… 





Como escrevi acima, é preciso negociar os preços quando estamos interessados em alguma coisa, mesmo se acharmos uma pechincha, o que muitas vezes é o caso. Se não o fizermos é considerado desrespeito. 



Nunca tirar fotografias a pessoas e às bancas sem perguntar primeiro se se pode. Alguns marroquinos deixam, outros não. Nós respeitámos sempre o que nos disseram e nunca tivemos problemas. 



Outra coisa, aconselho as mulheres a não vestir calções ou saias muito curtos, ou roupas muito decotadas quando andarem nos souks. Há imensas turistas que andam meias despidas e não vi nenhum problema, mas não há necessidade de chamar muito a atenção. Nós eramos 7 mulheres, umas de vestidos compridos e outras de calças e sentimo-nos sempre muito bem. Eles adoram louras e metem-se sempre um bocadinho mais, mas nós tínhamos uma e não ouvimos nada mais do que uns piropos, mais simpáticos do que se ouvem muitas vezes por cá.


Não achamos nada perigoso, mas como há sempre muita gente, aconselho ter cuidado com a carteira, como em qualquer lugar do mundo.

E pronto, agora é só ir! Eu vou voltar de certeza. E se me quiserem dar mais dicas, agradeço muito!







SHARE:
© Vou Ali e Já Venho. All rights reserved.
Blogger Templates by pipdig